Por: Alzira Costa
A programação que abre as comemorações da Independência de Cachoeira consta do ato da levada dos mastros que serão fincados nos antigos limites da então Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira: Caquende e Três Riacho, às 19h. Tradicionalmente, os mastros serão conduzidos pelos vereadores e chefe do Executivo acompanhados de outras autoridades e populares ao som de dobrados e marchas executados pela Filarmônica Lyra Ceciliana.
É o início dos festejos que se estenderão até o dia 25 de Junho, a Data Magna de Cachoeira. Neste dia, a cidade historica torna-se capital simbólica do estado em homenagem à luta dos cachoeiranos em 1822 quando expulsaram de seu território, tropas portuguesas que inistiam em manter a colonização no país.
Na programação do 1 de junho foi agregado um ritual que foge do ato cívico. Ao retornar do bairro Três Riachos, a filarmônica Lyra Ceciliana, há décadas, troca o repertório tradicional por músicas juninas e segue para a Rua Sabino de Campos, no Monte, arrastando a multidão até o Terreiro de Candomblé Lobanekun, fundado pela saudosa Yalorixá Lyra.
Na frente do terreiro, os músicos tocam em reverência à memória de sua fundadora. Em seguida, entram e executam músicas para os orixás,sendo recebidos pela atual zeladora Leidinha de Oyá, ekédis, ogãs e filhos e filhas de santo. O ato marca a abertura da Trezena de Santo Antônio e o início dos rituais do terreiro, demonstrando a harmonia entre as duas religiões.
Manter, preservar e defender manifestações culturais arraigadas entre a população de Cachoeira é muito importante, principalmente, nesse momento onde instituições seculares como o Monte Pio dos Artistas Cachoeiranos, Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte e até s bi- secular Irmandade da Santa Casa de Misericórdia estão sendo atacadas e correm o risco de serem destruídas.
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