A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizou, nesta sexta-feira (6), a 13ª formatura do curso de Medicina. A cerimônia celebrou a conquista de 15 novos médicos formados pela instituição, em um momento marcado por emoção, reconhecimento e afirmações contundentes sobre o papel social da universidade pública.
A paraninfa da turma, Dra. Clara Maia Bastos, professora da UFRB, destacou em seu discurso a importância simbólica e histórica da ocasião. Para ela, a formatura representa um marco na luta por inclusão social e racial na educação superior brasileira.
"Pretos, pardos e pobres estão se formando em medicina", declarou, enfatizando o impacto das políticas afirmativas e do projeto pedagógico da UFRB. “O significado deste momento para a medicina do Brasil é profundo. Trata-se de um marco da inclusão social e racial em uma escola superior que, por mais de dois séculos, foi uma das mais elitistas do país, favorecendo aqueles com maior poder aquisitivo.”
Dra. Clara ressaltou que o curso de Medicina da UFRB reescreve essa história ao democratizar o acesso à formação médica. Segundo ela, 70% dos egressos do curso são pessoas negras, o que reafirma o compromisso da instituição com a transformação da realidade brasileira por meio da educação.
A cerimônia contou com a presença de familiares, professores, autoridades e convidados, e foi permeada por discursos emocionados, homenagens e celebrações. Os formandos expressaram gratidão à universidade e aos movimentos que possibilitaram sua entrada e permanência no ensino superior.
Criada com a missão de interiorizar o ensino público de qualidade e ampliar as oportunidades para jovens do Recôncavo e de outras regiões da Bahia, a UFRB segue se consolidando como um exemplo de inclusão, excelência acadêmica e compromisso social.