Foto: Claudio Kbeno
Antes do tradicional cortejo realizado nesta sexta-feira (15), em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, a Irmandade da Boa Morte foi reconhecida pelo governo federal com o título de Promotora da Igualdade Racial. Formada exclusivamente por mulheres negras, a confraria afro-católica — hoje com 48 integrantes — surgiu no século XVII, em Salvador, e se transferiu para Cachoeira em meio a conflitos que marcaram a capital baiana.
A homenagem foi entregue pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, durante a missa solene na Igreja da Matriz de Cachoeira, que contou com a presença de diversas autoridades. A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, e as ministras Margareth Menezes (Cultura) e Anielle Franco (Igualdade Racial) também receberam honrarias da Irmandade pela contribuição às políticas de valorização da cultura e da identidade negra.
Também em Cachoeira foi realizada a entrega do Prêmio do Ministério da Cultura para dona Dalva, sambista tradicional da cidade. Na ocasião, foram anunciadas ainda as obras pelo PAC Cidades para a casa de Samba da Dona Dalva e para o Terreiro Ilê Axé Icimimó. Dona Dalva também foi apresentada como a provedora da Festa da Boa Morte de 2026. O terreiro ganhou também uma placa de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).