Escola Àbámodá leva cultura, moda e empreendedorismo do Recôncavo Baiano ao Fancy África, em Moçambique


Representada pela diretora Luísa Mahin, Escola Livre e Gratuita de Moda da Bahia integra programação internacional com masterclass, mesa redonda, oficina e desfile.


Foto: Janderson Meneses

A Escola Livre e Gratuita de Moda da Bahia, Àbámodá, fundada em Cachoeira, participa entre os dias 22 e 25 de setembro do Fancy África, evento de moda e economia criativa realizado em Maputo, Moçambique, que este ano tem como tema “Ubuntu – Eu sou porque nós somos”.

Representada pela diretora e idealizadora Luísa Mahin, a escola integra a programação com masterclass, oficina, mesa redonda e o desfile da coleção autoral Cabaça do Mundo, que aborda o sagrado feminino e o empoderamento da mulher.

Luísa Mahin - Foto Janderson Meneses

A participação marca a estreia internacional da Àbámodá, criada em 2023, que se destaca por uma metodologia voltada à cultura, educação, empreendedorismo e identidade étnico-territorial. Mahin leva ao evento sua experiência de mais de duas décadas em projetos sociais, culturais e de moda.

Durante a programação, a diretora ministra a masterclass Moda e Transformação Social, conduz a oficina Diversidade, Inovação e Empreendedorismo na Moda e participa da mesa A Moda como Embaixadora da Identidade: Qual o Papel da Cultura Local na Economia Criativa?.

O intercâmbio entre a Àbámodá e o Fancy África teve início em julho, quando a escola recebeu em Cachoeira o estilista moçambicano King Levi, dentro do projeto África 360º e do Fancy África Brasil.

A presença da escola no evento conta com apoio do Governo da Bahia, por meio do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura, via edital de Mobilidade Cultural. A Àbámodá também integra a Rede de Escolas Livres de Arte e Cultura do Ministério da Cultura.

Com foco no público feminino negro e LGBTQIAPN+, a escola oferece formação em costura, estamparia, design de joias e atividades manuais, com ênfase em referências afro-indígenas e no uso de elementos identitários do território.

SOBRE: Luísa Mahin


Gestora cultural, pesquisadora e agente cultural de desenvolvimento, é Bacharela em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas, Mestra em Desenvolvimento e Gestão Social (UFBA) e em Ciências Sociais (UFRB), MBA em Empreendedorismo Social e Negócios de Impacto (Instituto Legado).


Há 22 anos atua na gestão de projetos sociais e culturais. Já passou por diversas organizações e projetos nacionais e internacionais com atuação com desenvolvimento local, culturas, identidades, patrimônio cultural imaterial, moda, gênero, promoção da equidade racial, criatividades. Co-fundou em 2005 o Instituto Casa de Barro na Bahia, tendo desenvolvido como coordenadora e produtora projetos diversos nas áreas de literatura, arte e educação, patrimônio cultural imaterial, educação patrimonial, teatro, contação de histórias, fotografia, cinema e audiovisual, rádio.


Desde 2021, através do projeto IRMANDADE – Universidade Livre de Arte e Cultura, tem empreendido esforços para a qualificação profissional e geração de renda para mulheres e comunidades afro e indígenas da Bahia. Atualmente vem gestando projetos de combate às violências e de promoção de autonomias para mulheres visando promover a inclusão, o empoderamento social, a articulação de políticas antirracistas e para a equidade de gênero. 


- Foi vencedora do 1º Prêmio Pretas Potências da PretaHub em 2023.

- Concebeu e atuou na pesquisa e curadoria do projeto "A bença, rezadeira!", com produção de documentário com 18 rezadeiras do Recôncavo em 2020. Tal projeto já ganhou diversos prêmios.

- Concebeu e atuou na coordenação, pesquisa e curadoria da exposição fotográfica "A voz de Iyá" com 14 rezadeiras do Recôncavo da Bahia em 2018.

- Atuou como assistente de objetos no filme Mariguella de Wagner Moura.

- Fez a produção e edição do livro Mulheres Sagradas de Aidil Araújo em 2016.


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