A tradição do Samba de Roda do Recôncavo Baiano ganhou destaque no último sábado (15) durante uma oficina realizada no Sesc Araraquara, em São Paulo. A atividade propôs ao público um mergulho nas raízes afro-brasileiras dessa manifestação reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade.
A oficina apresentou o contexto histórico e cultural do Samba de Roda e promoveu vivências práticas com canto responsorial, percussão tradicional, palmas e dança em roda. Os participantes aprenderam elementos característicos da expressão, como canto solo e coral, convite ao centro da roda (umbigada), movimentos corporais — a exemplo do miudinho, rebolado e improvisos — e a interação coletiva.
A atividade contou com a presença de Mestre Primeiro do Samba, referência viva do Samba de Roda no Recôncavo Baiano.
Nascido em 30 de maio de 1945, Rogaciano Augusto, também conhecido como Mestre Primeiro traz uma larga experiência no Samba de Roda e Maculelê na cidade de Santo Amaro. Puxador e um dos componentes mais antigos do Samba de Roda Nicinha Raízes de Santo Amaro, o mestre apresentou o Samba no Brasil e em diversas partes do mundo. Tudo o que sabe sobre o maculelê e samba de roda aprendeu com os Mestres Vavá e Vivi, ambos falecidos e cada minuto ao lado deles serviram como estímulo para a continuação do seu trabalho e preservação desta rica manifestação popular.
Ele compartilhou cantigas, histórias e gestualidades com crianças e familiares, reforçando a importância cultural de cidades como Santo Amaro, São Félix e Cachoeira, consideradas berços dessa tradição.
Ao final, o público formou uma roda integradora, cantando, tocando e dançando, unindo aprendizado e celebração.
Foto: Divulgação
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